domingo, 4 de agosto de 2013

superação dos desejos

Vivemos uma época de celebridades, apelos fáceis à riqueza, ao consumismo, às paixões avassaladoras. Transitamos aturdidos por um mundo em que o destaque vai para aquele que mais tem.
E a todo instante os comerciais de televisão, os anúncios nas revistas e jornais, os outdoors clamam: Compre mais. Ostente mais. Tenha mais e melhores coisas.
É um mundo em que luxo, beleza física, ostentação e vaidade ganharam tal espaço que dominam os julgamentos.
Mede-se a importância das pessoas pela qualidade de seus sapatos, roupas e bolsas.
Dá-se mais atenção ao que possui a casa mais requintada ou situada nos bairros mais famosos e ricos.
Carros bons somente os que têm mais acessórios e impressionam por serem belos, caros e novos. Sempre muito novos.
Adolescentes não desejam repetir roupas e desprezam produtos que não sejam de grife. Mulheres compram todas as novidades em cosméticos. Homens se regozijam com os ternos caríssimos das vitrines.
Tornamo-nos, enfim, escravos dos objetos. Objetos de desejo que dominam nosso imaginário, que impregnam nossa vida, que consomem nossos recursos monetários.
E como reagimos? Será que estamos fazendo algo – na prática – para combater esse estado de coisas?
No entanto, está nos desejos a grande fonte de nossa tragédia humana. Se superarmos a vontade de ter coisas, já caminhamos muitos passos na estrada do progresso moral.
Experimente olhar as vitrines de um shopping. Olhe bem para os sapatos, roupas, joias, chocolates, bolsas, enfeites, perfumes.
Por um momento apenas, não se deixe seduzir. Tente ver tudo isso apenas como são: objetos.
E diga para si mesmo: Não tenho isso, mas ainda assim eu sou feliz!
Não dependo de nada disso para estar contente...
Disponho de Qualidade de Vida e estou apto para cumprir os altos fins de minha existencia!



FONTE: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=1520&stat=0