segunda-feira, 30 de maio de 2011

O PRIMEIRO DESCOBRIMENTO DO BRASIL

. Lista cronológica dos fatos históricos, desde 1100 a.C. até 1500 d.C.







O escritor grego Diodoro (da Sicília) dá-nos nos capítulos 19 e 20 do 5º livro da sua história universal, a descrição da primeira viagem de uma frota dos Fenícios que saiu da costa da África, perto de Dacar, e atravessou o oceano Atlântico no rumo do Sudoeste. Os navegadores Fenícios encontraram as mesmas correntezas oceânicas de que se aproveitou Pedro Álvares Cabral para alcançar o continente brasileiro, e chegaram com uma viagem de “muitos dias” às costas do Nordeste do Brasil.



Conforme o cálculo cronológico, devemos colocar essa viagem, esse primeiro descobrimento do Brasil, na época de 1100 anos antes de Cristo. Diodoro conta a viagem da frota dos Fenícios quase com as mesmas palavras com que narram os livros escolares brasileiros a viagem de Cabral: “ Os navios andavam para o Sul, ao longo da costa da África, mas, subitamente, perderam a vista do continente e uma violenta tempestade levou-os ao alto mar. Ali, perseguindo as mesmas correntezas, descobriram eles uma grande ilha, com praias lindas, com rios navegáveis, com muitas serras no interior, cobertas por imensas florestas, com um clima ameno, abundante em frutas, caça e peixe e com uma população pacífica e inteligente”. (Diodoro). Obs: Observem as datas e comparem com as narrativas de Cabral.



Os navegadores andaram muitos dias nas costas dessa ilha (que foi a costa brasileira entre Pernambuco e Bahia), e tendo voltado ao mar mediterrâneo, contaram a boa nova aos Tirrênios, que eram parentes e aliados dos Fenícios de Tiro (capital Fenícia). Estes resolveram logo mandar também uma expedição à mesma ilha e fundar ali uma colônia.

Para compreender essa narração de Diodoro, precisamos nos ocupar com a obra desse grande escritor.



Nascido em Agrigento, cidade grega da Sicília, viveu em Roma, como contemporâneo de Cícero e Júlio César, com os quais esteve em relações amigáveis. Escreveu uma história universal em 45 livros, dos quais possuímos mais da terça parte. Era um historiador muito consciencioso, fez longas viagens, e sabia numerosas línguas. Sua obra é uma fonte inesgotável para os nossos conhecimentos da antiguidade. Como grego, não era ele amigo dos Fenícios e dos cartagineses, mas reconheceu o grande valor dessas nações de navegantes para a civilização geral dos povos. Seria uma ofensa pueril contra a historiografia supor que Diodoro tivesse inventado aquela narração da viagem transatlântica dos Fenícios.





Temos para isso uma confirmação indireta de parte do mesmo escritor. Em outro lugar fala Diodoro sobre a viagem de uma frota cartaginesa na costa da África, até o Golfo de Guiné. Foram 50 grandes cargueiros, chamados carpássios, com 30 000 pessoas a bordo, para o fim de fundar colônias no Sudoeste da África. Era chefe da expedição o general Hannon, que foi encarregado de estabelecer um grande domínio colonial para Cartago, no lado oriental do Oceano Atlântico.





Essa viagem foi realizada cerca de 810 anos a.C. ; mas a expedição não obteve resultado. Diodoro enumera todas as estações e indica as distâncias geográficas, que correspondem exatamente às atuais. Os Kerneos, um povo civilizado, resquício da Atlântida submergida, que moravam na costa do Senegal, ajudaram os cartigineses, para encontrarem lugares para a projetada colonização; mas as condições do país eram tão selvagens que ninguém quis ficar ali, e Hannon foi obrigado a voltar com todos os navios e passageiros, à sua terra.





Essa narração prova que Diodoro conhecia bem a situação da África Ocidental, do Oceano Atlântico e do Golfo de Guiné, e sabia perfeitamente que “a grande ilha”, descoberta pelos Fenícios, era situada do outro lado do Atlântico. A expedição de Hannon prova mais que os cartigineses, naquele tempo, rivais dos Fenícios, invejavam-nos, devido ao domínio colonial que esses possuíam no continente brasileiro. Por esse motivo quiseram criar um domínio igual no Sul da África.

Quanto às correntes oceânicas que levaram os Fenícios, bem como os portugueses, ao Brasil, “contra sua vontade”, é preciso destruir essa lenda, definitivamente. O capitão do porto de Natal RN, recebeu, no ano de 1926 de um pescador, uma garrafa-correio que continha uma notícia do cruzador inglês CAPETOWN. Essa belonave cruzava a costa ocidental da África e, passando o Golfo de Guiné, lançou a garrafa que chegou, em rápida viagem de seis semanas, à costa do Rio Grande do Norte.





As correntes oceânicas que saem da Guiné, rumo ao Brasil, foram conhecidas dos navegadores da antiguidade como da idade média.Os Fenícios haviam navegado nas costas ocidentais da África, como amigos e aliados dos Tertéssios, já há cem anos e tiveram conhecimento da “grande ilha” no outro lado do Atlântico. Por isso, procurando as correntes ocidentais, chegaram em poucas semanas à costa brasileira. Pedro Álvares Cabral, o mais nobre navegador da frota do rei Manoel, ele cujo bisavô já conhecia toda a costa ocidental da África, com todas as suas correntes, aproveitou aquela conhecida estrada marítima para chegar rápida e seguramente à costa do Brasil, da qual já tinha em mãos o mapa geográfico.





Colocamos o primeiro descobrimento do Brasil no ano de 1100 a.C. porque os Fenícios ofereceram ao rei Davi da Judéia a aliança para a comum exploração da Amazônia, em 1008 a.c. Os portugueses gastaram para chegar da Bahia ao Maranhão e ao Pará mais de 100 anos. Os Fenícios fizeram suas operações investigadoras com maior rapidez e conheceram, em poucas décadas, todo o litoral do Brasil, incluindo o grande “rio-mar” do Norte (rio Amazonas).





Durante o 1º século da estada dos Fenícios no Brasil deram-se ainda outras ocorrências de grande importância. Já mencionamos a resolução dos Tirrênios e etruscos de mandar uma frota para a mesma “ilha”, quer dizer ao continente brasileiro. Tirrênios e etruscos são os habitantes da Etrúria, da Itália superior; foram povos Pelasgos de alta cultura, conhecidos por suas construções ciclópicas e sua fina arte cerâmica. Na ilha de Marajó, mostram os compridos aterros e os antigos muros de pedras, o sistema de trabalho ciclópico dos Etruscos. Mas característicos ainda são os vasos cerâmicos encontrados em Marajó, que revelam claramente a arte e letras do alfabeto dos Etruscos. Essa imigração pode ser colocada no espaço de 1080 a 1050 a.c.Um outro ponto histórico está relacionado com a guerra de Tróia, cujo término coloca os antigos historiadores no ano de 1181 a.c. A luta para ganhar a cabeça de ponte entre Europa e Ásia era uma guerra mundial.





Os troianos tinham como aliados mais de 30 povos da Ásia; os agressores gregos tiveram ao seu lado mais de 50 povos e tribos. Tróia foi destruída e conquistada seis vezes, como provam as escavações. A sétima conquista foi definitiva. A guerra estendeu-se sobre toda a Trácia e Ásia menor e suas conseqüências foram desastrosas para muitos povos. Os Fenícios, que viam nos Gregos os seus competidores marítimos e comerciais, ficaram do lado dos troianos.





Diodoro e outros grandes escritores gregos contam que os Fenícios levaram milhares de pessoas dos povos vencidos para suas colônias e fundaram diversas novas cidades com o nome de Tróia. As mais conhecidas foram Tróia, perto de Veneza, uma Tróia na região do Lácio (onde hoje se situa Portugal) de onde nasceu a história de Enéias, uma Tróia na Etrúria, que foi também chamada de Tróila, uma Tróia na costa de Marrocos e uma Tróia na costa Atlântica da Ibéria, perto da cidade de Vigo.





No Norte do Brasil ficou a tradição de que a cidade mais antiga dessa região fosse “Tutóia”, cujo Morubixaba era, na chegada dos europeus, o chefe reconhecido do litoral do Norte. Desde o Rio Grande do Norte até o Pará.O nome antigo foi provavelmente Tur-Tróia, a união dos dois nomes mais ilustres : Tur (metrópole dos Fenícios) e Tróia (centro heróico da resistência contra os gregos). A cronologia concorda perfeitamente com essa explicação, e a eliminação da consoante “R” é regra comum na evolução da língua tupi (até hoje não pronunciamos o “R” final dos verbos no infinitivo).





Os Fenícios fundaram mais duas cidades com o nome TUR ou TURO, uma no Rio Grande do Norte (Touros), e uma na Bahia (Torre). A chegada das Amazonas ao Brasil foi na mesma época. O nome Amazonas, dado para a bacia inferior do grande rio, isto é, a região entre as fozes dos rios Xingu e Parentins, é antiga; no tempo da invasão européia assim também chamavam os Tupinambás, o curso inferior do mesmo rio, conquanto seu nome geral fosse “Maranhão”.





Fenícios no Brasil



Um pouco da história dos Fenícios:

Os fenícios estabeleceram-se nas margens orientais do Mediterrâneo, na fina e fértil faixa situada entre o mar e os montes Líbano e Antilíbano. A pequenez de seu território, a presença de vizinhos poderosos, e a existência de muita madeira de cedro (boa para a construção naval), nas florestas das montanhas, parecem ter sido fatores adicionais que orientaram a civilização fenícia para o mar. Construíram frotas numerosas e poderosas. Visitaram as costas do norte da África e todo o sul da Europa, comerciaram na Itália, penetraram no ponto Euxino (mar Negro) e saíram pelas Colunas de Hércules (Estreito de Gibraltar), tocando o litoral atlântico da África e chegando até as ilhas do Estanho (Inglaterra).



Comerciando sempre, construíram entrepostos e armazéns ao longo de suas rotas. Quando podiam saqueavam e roubavam, mas evitavam os inimigos poderosos, que preferiam enfraquecer mais pelo ouro do que pela espada. Seus agentes e diplomatas não eram estranhos a quase todas as guerras travadas na época, e delas tiravam bom proveito. Fizeram o périplo africano, seguindo em sentido inverso ao caminho que percorreria Vasco da Gama muito mais tarde. E as provas se acumulam para confirmar que atravessaram o Atlântico e visitaram o novo continente.



Os fenícios navegavam utilizando a técnica de orientação pelas estrelas, pelas correntes marinhas e pela direção dos ventos, e seguindo esses indícios seus capitães cobriam vastas distâncias com precisão. Já eram influentes por volta do ano 2000 a.C., mas seu poder cresceu com Abibaal (1020 a.C.) e Hiram (aliado de Salomão). Biblos, Sidon e Tiro foram sucessivamente capitais de um império comercial de cidades unidas antes pelos interesses, costumes e religião do que por uma estrutura política mais rígida.





Sobre o Brasil:



O Brasil está repleto de indícios comprobatórios da passagem dos fenícios, e tudo indica que eles concentraram sua atenção no nordeste. Pouco distante da confluência do rio Longá e do rio Parnaíba, no Estado do Piauí, existe um lago onde foram encontrados estaleiros fenícios e um porto, com local para atracação dos "carpássios" (navios antigos de longo curso).



Subindo o rio Mearim, no Estado do Maranhão, na confluência dos rios Pindaré e Grajaú, encontramos o lago Pensiva, que outrora foi chamado Maracu. Neste lago, em ambas as margens, existem estaleiros de madeira petrificada, com grossos pregos e cavilhas de bronze. O pesquisador maranhense Raimundo Lopes escavou ali, no fim da década de 1920, e encontrou utensílios tipicamente fenícios.





No Rio Grande do Norte, por sua vez, depois de percorrer um canal de 11 quilômetros, os barcos fenícios ancoravam no lago Extremoz. O professor austríaco Ludwig Schwennhagen estudou cuidadosamente os aterros e subterrâneos do local, e outros que existem perto da vila de Touros, onde os navegadores fenícios vinham a ancorar após percorrer uns 10 quilômetros de canal. O mesmo Schwennhagen relata que encontrou na Amazônia inscrições fenícias gravadas em pedra, nas quais havia referências a diversos reis de Tiro e Sidon (887 a 856 a.C.).



Schwennhagen acredita que os fenícios usaram o Brasil como base durante pelo menos oitocentos anos, deixando aqui, além das provas materiais, uma importante influência lingüística entre os nativos. Nas ntradas dos rios Camocim (Ceará), Parnaíba (Piauí) e Mearim (Maranhão), existem muralhas de pedra e cal erguidas pelos antigos fenícios.





Apollinaire Frot, pesquisador francês, percorreu longamente o interior do Brasil, coletando inscrições fenícias nas serras de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Bahia. As inscrições reunidas são tantas que "ocupariam vários volumes se fossem publicadas", segundo declaração do próprio Frot.



Sua tradução faz referência às obras dos fenícios no Brasil, à atividade comercial que aqui vinham exercer e ao afundamento da Atlântida. Algumas inscrições revelam que, em virtude dos abalos sofridos, os sobreviventes da Atlântida foram para o norte da África fundar os impérios do Egito e várias nações do Oriente Médio. Falam ainda do dilúvio bíblico que, segundo eles, não foi universal, mas apenas um cataclismo local, na Mesopotâmia, fato esse que os cientistas aceitam hoje em dia.



A condição de potência econômica, de cujo comércio as demais dependiam, deu a Fenícia certa estabilidade que lhe permitiu existir tanto tempo sem possuir fortes exércitos. Sobreviveram à hegemonia egípcia, síria e assíria, e depois também ao domínio persa. Eis que finalmente chegou um elemento racialmente estranho, na forma dos invasores da Europa, e a Fenícia finalmente baqueou, primeiro sobre a invasão dos gregos de Alexandre magno e depois debaixo do poderio das legiões romanas.



Com a guerra, interrompeu-se o comércio, e as colônias e entrepostos distantes, abandonados à própria sorte, começaram a ser destruídos pelas populações locais. Naquelas regiões, por demais afastadas para permitir a volta à metrópole, as populações regrediram a um estado primitivo. Isto é apenas teoria, mas explicaria os selvagens louros e de constituição física diversa que encontramos em algumas tribos indígenas brasileiras da Amazônia. Explicaria também a pele clara e o grande número de vocábulos fenícios no linguajar dos índios tiriós (nome de tribo que lembra muito Tiro a principal cidade Fenícia).











Ilustração de uma embarcação Fenícia







Cartago (Situada ao norte da África, hoje Líbia), a maior das colônias da Fenícia, sobreviveu e prosperou até herdar da antiga metrópole o comércio pelo mar. É Heródoto que nos conta que "o Senado de Cartago baixou decreto proibindo sob pena de morte que se continuassem fazendo viagens para esse lado do Atlântico" (Américas) "já que a contínua vinda de homens e de recursos estava despovoando a capital". E há, finalmente, a famosa inscrição da Pedra da Gávea, no Rio de Janeiro, bastante conhecida: Aqui Badezir, rei de Tiro, primogênito de Jetbaal. Bibliografia: - "Grandes Enigmas da Humanidade" (págs 96-100), Editora Vozes – Luiz C. Lisboa e Roberto P. Andrade.



Registros de Ludwig Schwennhagen dão conta que, possivelmente, os fenícios estiveram em Sete Cidades, em Piracuruca, para ali instalar o Cipango, um centro religioso.Outro achado curioso aconteceu nas margens do lago Pensiva, no Maranhão, onde foram encontrados estaleiros de madeira petrificada, com espessos pregos de bronze.





O pesquisador maranhense Raimundo Lopes encontrou utensílios tipicamente fenícios no lugar, na década de 1920. Na ilha de Marajó, foram encontrados tipos de portos tipicamente fenícios, parecidos com muralhas de pedras, iguais aos encontrados na costa do território da antiga Fenícia.Os fenícios formavam um povo da antigüidade que não possuía exército poderoso e nem se dedicava à literatura, porém, ficaram famosos por serem os melhores navegadores de sua época. Viviam em uma faixa de terra de 200 quilômetros, entre o mar Mediterrâneo e as montanhas do oeste do Líbano, onde havia fartura de madeira de cedro própria para a construção de embarcações.





Os fenícios foram influenciados pelas bases da cultura egípcia. No início, os fenícios adoravam rochedos, árvores e pedras negras ovais; depois, passaram a adorar os astros e as forças da natureza, chamados de baals; o Sol era o grande Baal. O culto a esses deuses era realizado em templos erguidos em lugares elevados ou perto de nascentes de rios. Na iminência de um grande perigo, ou quando se construía uma cidade ou um templo fenício novo, os fenícios sacrificavam crianças, que eram lançadas vivas aos braços incandescentes da estátua de bronze do Baal, aquecida por uma fornalha.





Tiro foi a cidade mais importante do império comercial fenício e era chamada de 'A Rainha dos Mares'. Com o propósito de enriquecer sem limites, os fenícios foram grandes negociantes marítimos e piratas ao mesmo tempo. Quando estavam em menor número ao desembarcarem em um lugar, apresentavam suas mercadorias e ficavam satisfeitos com o lucro de suas vendas; mas, se eram numerosos e mais fortes que os habitantes da região onde chegavam, incendiavam e saqueavam os povoados, além de raptarem mulheres e crianças que eram vendidas posteriormente em Tiro, Mênfis e Babilônia.





Como exímios navegadores de seu tempo, os fenícios fundaram importantes cidades como Lisboa, atual capital de Portugal, que era uma colônia fenícia e foi fundada há mais de três mil anos, sendo a 2ª cidade mais antiga da Europa, mais antiga do que Roma inclusive, só perdendo para Atenas. A palavra Lisboa é de origem fenícia e queria dizer "bom porto". Também fundaram Jerez de La Fronteira na Espanha, cerca de 250 A.C. como entreposto comercial próximo a saída do estreito de Gibraltar. Foi por esta época que ao desembarcar naquele local empurrado por uma tempestade, chamaram-na de hispânia que significava local de muitos coelhos, fato que deu origem ao nome da Espanha.





Os fenícios também defendiam seu controle absoluto sobre os mares que exploravam, exterminando, sem piedade, seus concorrentes. O apego dos fenícios pelo monopólio do lucro de seu comércio chegava a níveis inimagináveis. Conta-se a história de um navio fenício que ia buscar estanho na Sicília e, ao perceberem que eram seguidos por uma embarcação estrangeira, os fenícios preferiram afundar seu navio a mostrarem o caminho do estanho aos inimigos.





Para afastarem os possíveis concorrentes de seus territórios, os fenícios contavam lendas fantásticas sobre as terras que exploravam; diziam que a Sicília era habitada por gigantes que se alimentavam de carne humana; e que a África era cheia de monstros horrendos.





FENÍCIOS, DESCOBRIDORES E COLONIZADORES DO BRASIL



Milhares de obras já foram escritas apresentando a tese de que os pré-egípcios teriam saído da América do Sul, e que foi também aqui o berço da civilização européia. Freqüentemente vemos surgirem aqui e ali indícios que reavivam essa tese, e volta a manchetes o assunto, seja devido a escavações, quando se descobrem prováveis cidades soterradas, túneis e cavernas com objetos de origem antiga, ou inscrições petrolíficas, seja porque algum cientista vem a países sul-americanos.



Moeda fenícia











O Brasil tem sido, talvez, o menos estudado em assuntos arqueológicos ou, esporadicamente, um cientista estrangeiro descobre aqui e ali um indício e chama nossa atenção, olhe aqui... ali... Mas ultimamente tem sido despertada a consciência dos brasileiros para a necessidade de conhecer melhor a sua terra, a sua origem. Tem havido, mesmo, grande interesse em tudo o que se relaciona com a nossa terra. O dizer-se que os índios brasileiros nasceram autóctones há 50 ou 100 mil anos é teoria já não muito aceita, ou dizer-se que os primeiros habitantes da terra surgiram na África ou na Ásia, e um bocadinho no Brasil, é assunto para estudar-se com maior profundidade.





Mas o afirmar-se que os primitivos brasileiros emigraram do lendário continentes Atlântida, via Venezuela, ou chegaram em pirogas, ou desceram dos Andes, ou são pré-egípcios, ou grande parte descende dos Fenícios, ou por que nossos índios possuem uma memória do Dilúvio, é assunto para estudar-se mais ainda.



A História existe, mas ela é também uma teoria que poderá ser ampliada ou até renegadas algumas de suas verdades. As teorias e verdades aristotélicas dominaram a civilização durante mais de mil anos e, tentando reformular essas verdades, muitos cientistas morreram em fogueiras, quando os senhores da verdade oficial achavam que a nova verdade poria em perigo sua hegemonia sobre os homens. Se tivermos que amanhã reformular a História brasileira, por que não o fazermos, a bem da verdade? Se aqui e ali aparecem indícios de que os Fenícios descobriram e colonizaram parte do Brasil há 3.000 anos, estudemos os indícios, os sinais de sua passagem, as escritas cuneiformes, as inscrições petroglíficas, a mão encarnada que alguém deixou gravada na pedra ou a marca noutra pedra que deixaram para indicar que por aqui passaram outros.





A obra que ora apresentamos, ANTIGA HISTÓRIA DO BRASIL (de 1100 a.C. a 1500 D.C.), de LUDWIG SCHWENNHAGEN, é um desafio. Desafio aos arqueólogos, geógrafos, geólogos, aos antropólogos, filólogos, etimólogos, indianistas, aos prefeitos de Municípios, governos de Estados brasileiros, desafio a todos os brasileiros, para que estudem e expliquem melhor a sua terra, a sua gente, suas heranças mais remotas.



Desafio lançado por esse austríaco em 1928 e que se perdeu na restrita área do Piauí, quando a Imprensa Oficial de Teresina lançou essa obra em primeira edição e seus poucos exemplares desapareceram no manuseio de mão em mão. Desafio que volta a ser lançado na reedição desta obra de excepcional valor para os estudos da origem brasileira, quando as teses de seu autor vêm despertando intensa curiosidade e está merecendo até apoio oficial.



Ao tomar o leitor este livro às mãos, por certo se fará perguntas que talvez nunca tenha ouvido, como, por exemplo: foi Pedro Álvares Cabral quem descobriu o Brasil em 1500 d.C. ou navegadores Fenícios em 1100 a.C.? Cabral o terá descoberto por acaso como narram os compêndios de história, ou ele já conhecia, detalhadamente, a descrição feita pelo historiador grego Diodoro, no século I, antes de Cristo, na sua História Universal? Ou teria Cabral em mãos a carta de navegação, descrevendo as costas do Brasil, confeccionada por Toscanelli, a mando de Fernando Teles, em 1473?





Onde fica a lendária Insula Septem Civitatum, ou Ilha das Sete Cidades, que os romanos tanto buscavam, e já aparecia a sua descrição em latim numa crônica de Porto-Cale (Porto), em 740 d.C., como sendo um novo Éden, a ilha dos Sete Povos, onde existiam ouro e muitas outras riquezas? Ficaria nos Açores, na Ilha da Madeira, nas Antilhas ou nas costas do Piauí, no Brasil? Quais os primeiros mineradores que exploraram ouro e pedras preciosas no Brasil? Os portugueses ou engenheiros egípcios? Buscavam apenas ouro e metais preciosos ou também salitre para o embalsamamento de seus mortos?





Ou engenheiros mandados pelos reis Davi e Salomão, em aliança com o rei Hirã, nos anos 991 a 960 antes da era cristã? Quem primeiro oficiou funções religiosas aos índios brasileiros? Henrique de Coimbra ou sacerdotes da Ordem dos Magos da Caldéia, da Suméria ou da Mesopotâmia? Foram os portugueses os primeiros a exportarem pau-brasil? Mas, se nas memórias de Georg Fournier, da Marinha francesa, não consta que os bretões e normandos já traficavam com os selvagens do rio São Francisco, que lhes vendiam o pau brasil?





Perguntas dessa natureza estão implícitas nesta admirável obra de LUDWIG SCHWENNHAGEN, que pode ser lida até por leitores de literatura circunstancial, como se lê um livro de mistério, tal o interesse que nos desperta, mas é obra de exaustiva pesquisa.





A primeira edição de ANTIGA HISTÓRIA DO BRASIL é de 1928, da Imprensa Oficial de Teresina, e menciona sob o título: Tratado Histórico de Ludovico Schwennhagen, professor de Filosofia e História. Como vemos, o autor assinou-se, não sabemos se por espontânea vontade, como Ludovico. Preferimos, na sua reedição, conservar-lhe o nome original, que é Ludwig. Pouco se sabe a seu respeito.





Utensílios fenícios











Em Teresina, existe uma memória no povo de que “por aqui passou esse alemão calmo e grandalhão que ensina história e bebia cachaça nas horas de folga, andava estudando umas ruínas pelo Estado do Piauí e outros do Nordeste, e que chegou a Teresina no primeiro quartel deste século, não se sabe de onde, e morreu sem deixar rastro, não se sabe de quê, e andava rabiscando uns manuscritos sobre a origem da raça Tupi, lendo tudo o que era pedra espalhada por aí. Seu nome é tão complicado que muitos o chamavam Chovenágua”. É muito pouco para se situar um estudioso de seu quilate.





No livro Roteiro das Sete Cidades, de autoria de Vitor Gonçalves Neto, publicado pela Imprensa Oficial de Teresina, para as Edições “Aldeias Altas”, de Caxias, Maranhão, em 1963, livro gostoso de ler, em que descreve as Sete Cidades e cita vários trechos deste livro de Schwennhagen, comentando-o através de personagens bem típicos, o autor faz o seguinte oferecimento: “À memória de Ludovico Schwennhagen, professor de História e Filosofia, que em maio de 1928 levantou a tese meio absurda de que os fenícios foram os primeiros habitantes do Piauí. Em sua opinião, as Sete Cidades serviram de sede da Ordem e do Congresso dos povos tupis. Nasceu em qualquer lugar da velha Áustria de ante-guerras, morreu talvez de fome, aqui, n’algum canto do Nordeste do Brasil. Orai por ele!”







Encontramos na Biblioteca Nacional um livreto intitulado: “Meios de Melhorar a Situação Econômica e Moral da População do Interior do Amazonas”, conferência dos Drs. Ludwig Schwennhagen, membro da Sociedade de Geografia Comercial de Viena, d’Áustria, e Luciano Pereira da Silva, publicista – Rio de Janeiro, tipografia do “Jornal do Comércio”, 1912. Esse livreto reproduz as conferências que fizeram esses dois estudiosos no salão nobre da Associação Comercial do Amazonas, na noite de 15 de agosto de 1910. Ali não só este autor se escreve com o nome original de Ludwig, como na conferência seguinte, Luciano Pereira da Silva refere-se constantemente às opiniões de seu colega, citando sempre o doutor Ludwig.





Na sua conferência, cita Schwennhagen que com o “Deputado Federal Monteiro Lopes, meu companheiro de viagem até a fronteira peruana, estivemos com as pessoas mais distintas de Tefé, Fonte Boa, São Paulo de Olivença, Santa Rita e outros. Estacionamos nessa viagem em mais de quarenta cidades, vilas e povoações... eu mesmo visitei cinco seringais, nos quais examinei...”





Mais adiante, à pág. 14, opina: “há ainda uma outra objeção importantíssima: segundo meu plano de colonização, talvez dez mil famílias poderiam ser domiciliadas aqui como colonos...” – E ainda: “Quando os cearenses virem que como colonos domiciliados podem encontrar para si e para suas famílias uma vida melhor e um lucro mais alto que viajando como nômades de um lado para o outro do país...



Vemos por aí que Ludwig Schwennhagen já andava em 1910 percorrendo o Brasil e estudando as condições sociais do povo brasileiro. Posteriormente, iniciou longo curso de viagens por todo o interior do Norte e Nordeste, cremos que também do Sul, tendo estado no Espírito Santo, estudando o aspecto das inscrições petroglíficas encontradas em todo o território brasileiro.



Infelizmente não temos maiores dados sobre ele, quando e onde morreu. Não encontramos referências a ele nos documentos a que recorremos. Talvez na Áustria se conheça mais sobre ele. Concitamos principalmente os piauienses a buscarem maiores dados sobre esse “alemão calmo e grandalhão” que, para explicar a história antiga e a origem da raça brasileira, tanta contribuição deu à história do Piauí, tendo ali residido durante anos, ensinado e pesquisado.





Quanto ao seu livro, ANTIGA HISTÓRIA DO BRASIL, tem sido fonte de estudos há mais de quarenta anos, inspiração do livro a que nos referimos, de Vitor Gonçalves Neto, e motivo principal de dois artigos em jornais, um publicado no Jornal do Comércio, de Recife, em 16 de março de 1969, de nossa autoria, e o último publicado no Jornal do Brasil, em 21 de janeiro de 1970, de Renato Castelo Branco.











Navio fenício de longo curso





Devemos a divulgação de obra de Schwennhagen ao esforço e entusiasmo do eminente engenheiro Raimundo Nonato Medeiros, delegado do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal do Piauí e Administrador do Parque Nacional de Sete Cidades, no município de Piracuruca, região hoje tombada como patrimônio histórico, a única pessoa, talvez, que possui um exemplar dessa obra, além do exemplar existente na coleção de obras raras da Biblioteca Nacional. Tivemos conhecimento dela em fevereiro de 1968, quando fomos a Teresina a convite de nosso amigo João Bezerra da Silva.



Através dele travamos conhecimento com a nova geração de intelectuais piauienses, da qual destacamos o desembargador Simplício de Souza Mendes, Arimathea Tito Filho, Fontes Ibiapina, Drs. Darcy e Nodge, Otávio Bentes Guimarães, o Basílio, cultores da melhores tradições de sua terra e entusiastas colaboradores da divulgação daquele patrimônio histórico milenar que são as ruínas das Sete Cidades de Piauí.



Em maio de 1968 lemos no jornal O Dia, do Rio de Janeiro, uma notícia vinda dos Estados Unidos, acompanhada da reprodução de um quadro de símbolos; dizia o texto: “Encontrados na Paraíba e levados para Walthan, em Massachussets, nos EUA, estes símbolos foram estudados durante quase cem anos. Finalmente o professor Cyrus Gordon, especialista em assuntos mediterrâneos, conseguiu decifrá-los. Indicam que os fenícios estiveram nas terras que hoje formam o nosso país, pelo menos dois mil anos antes de Cristóvão Colombo descobrir a América e Cabral chegar ao Brasil”.





Dois dias após a publicação dessa nota, vimos em outro jornal outra nota: “Lusos: Cabral chegou antes”, em que alguns portugueses radicados no Brasil mostram-se mesmo “revoltados, manifestando a disposição de fazer uma representação junto à Embaixada dos Estados Unidos...”



Logo abaixo, na mesma nota, afirma um professor do Instituto de Geociências da Universidade de Geociências da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que “o professor americano pode estar certo, lembrando que os vikings, liderados por Ericson, estiveram na América antes de Colombo descobri-la. Acrescentou que o professor teve o mérito de decifrar os símbolos encontrados na Paraíba e levados para os EUA. Assinalou que a notícia o surpreendeu, porque nunca ouvira falar na existência desses símbolos em áreas do Nordeste”.



Ora, não é outro assunto se não esse, o de que trata o presente livro, e de que tratam muitos outros livros já publicados no Brasil e em Portugal, na Inglaterra e em outros países, embora seja ANTIGA HISTÓRIA DO BRASIL o que mais se dedica ao assunto.





Primeiramente, vejamos o que traduziu o professor Cyrus Gordon dos símbolos encontrados na Paraíba:





“Somos filhos de Canaã, de Sidon, a cidade do rei. O comércio nos trouxe a esta distante praia, uma terra de montanhas. Sacrificamos um jovem aos deuses e deusas exaltados no ano 19 de Hirã, nosso poderoso rei.





Embarcamos em Ezion-Geber, Mar Vermelho, e viajamos com 10 navios. Permanecemos no mar juntos por dois anos, em volta da terra pertencente a Ham (África), mas fomos separados por uma tempestade e nos afastamos de nossos companheiros e assim aportamos aqui, 12 homens e 3 mulheres. Numa nova praia, que eu, o almirante, controlo. Mas, auspiciosamente possam os exaltados deuses e deusas intercederem em nosso favor”.





Essas inscrições foram encontradas no final do século passado, em Pouso Alto, Paraíba. Foram descobertas pelo engenheiro de minas Francisco Soares da Silva Rotunda, que dirigiu, a respeito, um relatório, em 7 de julho de 1896, ao presidente da Província da Paraíba, o qual foi transcrito na Memória constante do nº 4 da Revista do Instituto Histórico Brasileiro. Foi justamente Rotunda quem copiou as inscrições de uma pedra.



Na ocasião, o Dr. Ladislau Neto examinou-as e as considerou apócrifas. Mas, tendo sido enviadas, cremos que primeiramente à França, o sábio francês Ernesto Renan as estudou detalhadamente e declarou serem de verdadeira origem fenícia. Seguindo depois para os Estados Unidos, o assunto dormiu durante quase cem anos, até que o professor Cyrus Gordon, de Brandeis University, em boston, com a sua reconhecida autoridade em línguas mortas, aprofundou-se no assunto e decifrou-as, tendo em princípio deste ano vindo ao Brasil para assenhorar-se melhor, no local, da natureza das inscrições petroglíficas brasileiras.



Em 1896 foi publicado em Manaus um tratado do historiador Henrique Onfroy de Thoron, que pretendeu interpretar as misteriosas viagens do rei Salomão. Thoron sabia latim, grego e hebraico e conhecia também as línguas tupi e quíchua. Interpretou ele da Bíblia hebraica, palavra por palavra, que a narração do I Livro dos Reis sobre a construção e viagem da frota dos judeus, juntamente com a frota dos fenícios, do rei Hirã, da cidade de Tiro, então capital fenícia, referem-se ao rio Amazonas, para organizarem a procura de ouro e pedras preciosas, estabelecendo naquele local colônias e ensinando aos indígenas a mineração e lavagem de ouro pelo sistema dos egípcios, conforme descrição que nos deixou Diodoro, minuciosamente, nos capítulos 11 e 12 do 3º tomo de sua História Universal.





O nosso grande historiador e arqueólogo Bernardo de Azevedo da Silva Ramos, amazonense, chegou a juntar cópias de 3.000 letreiros e inscrições encontrados no Brasil e em outros países americanos, e aponta semelhanças com inscrições encontradas em outros países do velho mundo. Bernardo Ramos esteve na Pedra da Gávea, no Rio de Janeiro, estudou a inscrição ali encontrada, afirmou ser de caracteres fenícios.:





“Tiro, Fenícia, Badezir Primogênito de Jethabaal”.



Essas inscrições foram encontradas em 1836, no pico dessa montanha, a uma altitude de 840 metros, e medem cada uma cerca de dois metros. Badezir reinou na Fenícia de 855 a 850 a.C., como se pai reinara em 887 a 856. Pode-se concluir que a inscrição, se considerar verdadeira a tradução de Ramos, teria sido gravada entre os anos 887 a 850 a.C. e provaria a evidência de que os fenícios, já antes da era cristã, teriam estendido suas expedições à América do Sul, e essas inscrições teriam tido o intuito de imortalizar a glória do nome fenício, além da simples demarcação das entradas ao interior do Brasil.



Alexandre Braghine, no seu livro O Enigma da Atlântida, Irmãos Pongetti Editores, 2a. edição, 1959, sustenta a tese de que o berço da civilização teria sido a América do Sul, de povos descendentes do continente Atlântida. A teoria sobre a Atlântida aparece em milhares de obras, desde Platão, que a menciona em seus diálogos Timeu e Crítias. “Era um país – dizia Platão – que ficava situado além das colunas de Hércules (o estreito de Gilbraltar até as ilhas de Cabo Verde). Essa ilha era mais vasta que a Lïbia e a Ásia reunidas, e os navegantes passavam dela para outras ilhas e destas para o continente que borda esse mar”. Referia-se o filósofo, evidentemente, à América.



Também Homero alude a ela, e Sólon, Eurípedes, Estrabão, Dionísio de Halicarnasso, Plínio. Até sobre um hipotético continente chamado Mã, desaparecido no Pacífico, levantaram discussões e é tema do livro The Lost Continent of Um (O continente perdido de MU-Lemuria), de James Churchward, editado nos Estados Unidos. O autor manuseou o Codex Cartesianus e analisou as quase duas mil pedras com inscrições descobertas por Niven no noroeste do México, para reforçar sua teoria.



Tradições arraigadas de povos orientais, chineses, tibetanos, indianos, mongóis, se referem a um continente situado no Pacífico e que teria submergido em conseqüência de uma grande catástrofe (Lemúria ou Um, berço da terceira raça humana). E os homens daquele continente já dispunham de aparelhos voadores e possuíam mesmo a capacidade de poderem viajar pelas estradas siderais desconhecidas e atingir os desembarcadouros de distantes planetas. São teorias e antigas tradições que apresentamos apenas como referências. Mas, voltando a Alexandre Braghine, cita ele à pág. 258 de sua obra:



“Os principais arqueólogos que percorreram o Mato Grosso são o Srs. R. O. Marsh, o general Cândido Rondon, o Dr. Barbosa, Bernardo da Silva Ramos e Le conte A. Frot. Ramos e Frot descobriram naquele Estado inscrições rupestres em fenício, em egípcio e até em língua sumérica, assim como textos escritos em caracteres alfabéticos análogos aos empregados antigamente em Creta e Chipre. Certamente são surpreendentes essas descobertas, porém Marsh chegou à conclusão de que o Mato Grosso encerra vestígios de uma civilização muito mais antiga que a dos fenícios. Como já disse anteriormente, as tradições correntes entre os indígenas falam num grande e poderoso império que se estendia em tempos muito afastados, para o Oeste e o Norte de Mato Grosso, e nessas lendas parece haver fundamento”.





Na mesma obra, à pág. 153, Braghine menciona uma carta que recebeu do Brasil, do engenheiro Apolinário Frot, que dizia: “Os fenícios serviam-se, para gravar suas inscrições sul-americanas, dos mesmos métodos que os antigos egípcios usavam nos primeiros tempos para a sua escrita hieroglífica. Estes métodos eram empregados pelos astecas, como também pelos povos desconhecidos aos quais se atribuem os petróglifos da bacia do Amazonas. O resultado de minhas investigações é tão surpreendente que eu hesito em publicá-lo. Para dar-lhe uma idéia, basta dizer que tenho em mãos a prova da origem dos egípcios: os antepassados desse povo saíram da América do Sul”.





Ora, resultados tão surpreendentes que Frot se recusava a publicá-los, temendo contrariar as verdades estabelecidas, são bem explicáveis, porquanto Humboldt, que tanta contribuição deu ao Brasil nos seus estudos da vegetação amazônica, das condições climáticas e até de inscrições, foi atingido pela ordem régia em 2 de junho de 1800, que proibia a entrada de estrangeiros nos domínios das províncias do Pará e do Maranhão. Mas, as notas de Apolinário Frot devem existir em algum lugar e, se descobertas, muito adicionariam aos estudos das origens do povo brasileiro.



FONTE: http://www.shtareer.com.br/materias/index.php
http://portaldosanjos.ning.com/group/brasillideraquarios/forum/topic/show?id=3406316%3ATopic%3A102210&xgs=1&xg_source=msg_share_topic
FONTE imagens: internet

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Um comentário:

  1. «Essas inscrições foram encontradas no final do século passado, em Pouso Alto, Paraíba. Foram descobertas pelo engenheiro de minas Francisco Soares da Silva Rotunda, que dirigiu, a respeito, um relatório, em 7 de julho de 1896, ao presidente da Província da Paraíba, o qual foi transcrito na Memória constante do nº 4 da Revista do Instituto Histórico Brasileiro. Foi justamente Rotunda quem copiou as inscrições de uma pedra.»

    E onde é que estão essas minas hoje ? Pode lá ir-se e estudar o assunto ? é porque se isso não existe , nada está provado . Qualquer um pode inventar as histórias que quiser . De facto muita da "História" hoje contada como verdadeira , é forjada , manipulada , "melhorada" , uma vírgula ali , outra aqui ,outra acentuação, palavras acrescentadas , outras retiradas , objectos forjados e documentos também , são alguns dos métodos utilizados por charlatães históricos nacionalistas para forçarem uma "História" que apênas serve um propósito de um pais de reclamar determinados(as) direitos e assumpções que são mentirosos ...

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